Tabagismo: Além de suas Consequências Imediatas

O consumo de tabaco aparece como um dos principais fatores de risco para uma grande variedade de doenças crônicas, principalmente doenças respiratórias, cardiopatias e mais de 10 tipos de câncer. Apesar disso, o seu consumo é latente no mundo todo e, mesmo que vários países tenham leis que restringem a publicidade do tabaco, bem como a idade e o lugar onde pode ser consumido, este hábito continua sendo um costume prejudicial que não está diminuindo na velocidade ideal. 

Especialistas do Ministério da Saúde do Peru reiteram que o consumo do tabaco na América Latina pode estar justificado por diversas variáveis ligadas à cultura popular e à falta de informação sobre as consequências em longo prazo que, conforme a mesma fonte, podem chegar a ser mais de 50, destacando entre elas o câncer de pulmão e de garganta, os enfisemas pulmonares, o infarto ao coroação, os danos à circulação cerebral e as úlceras gástricas provocados pelos químicos do cigarro. 

Agora, se todas estas consequências são reais e já foram comprovadas, por que o tabagismo continua sendo um costume entre os cidadãos?  

Conforme os números obtidos pelo National Institute of Drug Abuse dos Estados Unidos, entre 1964 e 2004, mais de 12 milhões de americanos morreram prematuramente por causa do tabagismo. Estes números costumam ser ignorados pela maioria dos fumantes, que como não percebem os malefícios imediatos em sua saúde, não reconhecem a deterioração perigosa que este vício provoca gradativamente. 

Por outro lado, muitos fumantes afirmam que a nicotina tem efeitos positivos nos seus problemas de ansiedade e estresse, sem entender o dano real que o tabagismo está gerando em seu bem-estar tanto físico quanto emocional. 

Consequências do tabagismo: danos que podem passar despercebidos 

Conforme os estudos realizados por Fowler e Cols, correlacionados às pesquisas realizadas pela Universidad Autónoma de México (UNAM), foi possível estabelecer uma relação entre a depressão, os problemas de ansiedade e o consumo do tabaco. 

Por meio de neuroimagens realizadas com tecnologias radiológicas avançadas, os cientistas puderam identificar um efeito dramático sobre o cérebro causado pela adição ao cigarro. Nestes exames foram detectadas diminuições marcantes nos níveis da monoamina oxidase (MAO B), uma importante enzima responsável pela decomposição da dopamina, a principal característica dos pacientes registrados com quadros depressivos. 

Por este motivo podemos visualizar as consequências psicológicas do consumo do tabaco ecomo as crenças populares junto com a cultura do consumo podem levar as pessoas a tomarem decisões nocivas não só para o corpo, mas também para o seu bem-estar emocional.