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PESQUISAS E INFORMATIVOS

Saúde e Segurança na Era das Megacidades

 


O crescimento das cidades em todo o mundo traz desafios e oportunidades para os cidadãos e as empresas. Como a proporção de habitantes por cidade aumenta em quase todas as regiões do mundo, questões como saúde e segurança nestes densos entornos se tornam fundamentais.

Até 2050, 68% da população mundial será urbana e as tendências esperadas para as próximas décadas são: desde as implicações de crescimento demográfico para o acesso ao atendimento médico até a exposição ao risco que as pessoas e empresas enfrentam ao viver no entorno urbano.

Estima-se que a proporção de pessoas que vivem nas cidades aumentará em todas as regiões do mundo. Um em cada cinco habitantes urbanos do mundo vive em uma cidade com mais de 1 milhão de pessoas. Um em cada oito vive em uma megacidade, definida como uma cidade com mais de 10 milhões de habitantes.

Atualmente, existem 33 megacidades no mundo e este número deve aumentar para 43 em 2030, segundo previsões da ONU. Para 2050, espera-se que a população urbana cresça para 2.500 milhões e quase 90% deste crescimento acontecerá na Ásia e África.

A urbanização é um produto da migração do crescimento natural da população dentro das cidades. Traz seu próprio conjunto de oportunidades e desafios para o futuro do bem-estar global.


O desafio a diante: equidade em saúde

"As áreas urbanas disfrutam de muitas vantagens em comparação às zonas rurais no que diz respeito à disponibilidade de recursos que respaldam uma boa saúde”, aponta a Organização Mundial da Saúde. Com uma melhor infraestrutura básica, disponibilidade de serviços médicos e oportunidades de comunicação e educação, “ a urbanização está associada com o desenvolvimento econômico  e social que traz melhores oportunidades para alcançar uma boa saúde”.

Porém, existem enormes inconsistências nas condições de saúde, tanto entre as cidades quanto dentro delas. Estas divergências não se limitam às cidades em desenvolvimento com enormes bairros marginais. Um estudo descobriu que a expectativa de vida média de um londrino varia 20 anos dependendo de onde esta pessoa vive. "A cada duas paradas no metrô de Londres, desde o centro ao leste, mais de um ano de expectativa de vida é perdida", informou a OMS.

As disparidades são mensuradas a partir do “Índice de Saúde Urbana” da OMS, que combina uma variedade de indicadores de saúde da população em um único número para facilitar as comparações entre diferentes áreas. Aqui temos um mapa que mostra as disparidades dos índices do centro da cidade de Atlanta, com áreas de cor vermelho escuro indicando a grave desvantagem e as zonas amarelas e laranjas, mais claras, que significam menor desvantagem.

Disparidades de saúde em Atlanta utilizando o Índice de Saúde Urbana

Fonte: Organização Mundial da Saúde, Índice de Saúde Urbana.

Em um relatório de 2016, a OMS calculou o Índice de Saúde Urbana para 57 cidades em 53 países de baixa e média renda. Os indicadores do índice englobaram a infraestrutura básica, o conhecimento da saúde das pessoas e a cobertura dos serviços de saúde.

Além disto, o relatório encontrou grandes variações nas condições de saúde entre as cidades, mesmo estando na mesma região e detendo níveis semelhantes de riqueza nacional. Cidades muito grandes podem ser especialmente difíceis de administrar: em média, as megacidades tinham as piores condições, que geralmente eram melhores em cidades com menos de 1 milhão.


Risco de Desastres

A urbanização pode aumentar a vulnerabilidade em consequência dos desastres, especialmente quando é mal planejada. Como a empresa Control Risks apontou, "a concentração de capital humano, físico e financeiro nas cidades fazem com que fiquem especialmente vulneráveis, tanto à devastação imediata quanto à persistente interrupção dos transportes, do comércio e das comunicações após grandes desastres".

Segundo a ONU, 56% das cidades com pelo menos 300.000 habitantes em 2014, o ano mais recente de coleta dos dados, tinham o alto risco de exposição em pelo menos um dos seis tipos de desastres naturais: ciclones, inundações , secas, terremotos, deslizamentos de terra e erupções vulcânicas.

15% das cidades eram vulneráveis a dois ou mais tipos de desastres. Vinte e sete cidades - incluindo as megacidades de Tóquio, Osaka e Manila - enfrentaram riscos de três ou mais tipos.

Mais de 80% das cidades estavam localizadas em áreas com alto risco de mortalidade ou perdas econômicas associadas a pelo menos um tipo de desastre natural. O risco foi maior em cidades maiores e regiões menos desenvolvidas.

As inundações foram o desastre natural mais comum, seguido por secas e ciclones. Esses desastres também foram os mais devastadores em termos de mortalidade e perdas econômicas, informou a ONU.

Fonte: Brink News da Marsh & McLennan Companies