Um estudo da Mercer Marsh Benefícios™
Tendências Médicas ao Redor do Mundo
O custo para as empresas fornecerem assistência médica aos funcionários continua a superar amplamente a inflação na maioria das grandes economias, de acordo com uma nova pesquisa da Mercer Marsh Benefícios™, formada por uma parceria entre as empresas Mercer e Marsh. No Brasil, os custos médicos deverão aumentar em 19,6%, frente a uma taxa de inflação de 8,7%. A pesquisa também revelou que os custos eram em grande parte impulsionados por reivindicações relacionadas a escolhas de estilo de vida dos funcionários, como fumar, falta de exercício e má alimentação.
A pesquisa Medical Trends Around the World é baseada em um levantamento dentre 171 seguradoras em 49 países (fora dos Estados Unidos) e mostra que, em 40 países, o aumento médio por pessoa nos custos de saúde é, globalmente, quase que o triplo da taxa de inflação. Em 2015, o mundo viu um aumento médio de 9,9% nos custos médicos, com previsão de 9,8% para 2016. Os aumentos de custos estão sendo impulsinados por doenças não transmissíveis; ou seja, aquelas que não podem ser transmitidas por outras pessoas, mas, que são, freqüentemente, causadas pelas escolhas de vida dos indivíduos. A inflação média global dos preços baixou de 3,9% para 3,5% no mesmo período.
O relatório pediu às seguradoras informações sobre o aumento do custo com cuidados médicos em comparação com à inflação de cada mercado, bem como os tipos, custos e frequência das condições médicas que foram reivindicados pelos funcionários da empresa em 2015.
As Américas (sem EUA)
Espera-se que os custos no Canadá aumentem 6% em 2016 contra uma taxa básica de inflação de 1,3%. Em toda a América Latina, a inflação médica é de 12,8% em média, em comparação com uma taxa de inflação média de 8%. O aumento de custos deverá ser maior na Argentina (33,3%), seguido pelo Brasil (18,6%) e México (11%). Como na Europa, o câncer foi a causa mais comum de sinistralidade (82%), seguido por doenças do aparelho circulatório (68%) e respiratório (27%) e obstetrícia e gravidez (27%). Na América Latina, os empregadores e as seguradoras procuram abordar as questões de risco à saúde nas mudanças demografias mais afetadas pela inflação geral continuada e, mais recentemente, por grandes flutuações das taxas de câmbio.
As seguradoras também foram questionadas a respeito dos maiores riscos que serão enfrentados pelos custos médicos. Globalmente, as seguradoras disseram que os dois maiores riscos eram fatores metabólicos (pressão arterial elevada, colesterol) e risco dietético (obesidade, inatividade física). O terceiro risco mais citado variou de acordo com a região. Na Ásia, o risco ambiental foi um fator, enquanto o tabagismo foi mais prevalente na América Latina e no Oriente Médio e África. Na Europa, questões emocionais e de saúde mental são citadas como o terceiro risco mais grave enfrentado pelos planos médicos.