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BLOG: RISK IN CONTEXT

Até que Ponto as Apólices de Seguro de Veículos Elétricos podem ser Diferentes?

Por Guillermo Tham 27 Dezembro 2018

Cidades da América Latina como Lima, Cidade do México, Bogotá e São Paulo, mencionando só algumas, têm alta poluição do ar por emissão de CO2, devido à circulação de milhões de veículos. Esta situação leva as autoridades e players do mercado a abrir as portas para uma mudança da matriz energética dos veículos, acarretando na volta dos veículos elétricos que, aparentemente, voltaram para ficar.

Atualmente existem aproximadamente três milhões de veículos elétricos circulando pelo mundo. O país onde são vendidas mais unidades é a China, seguida do continente Europeu; na América Latina existe um crescimento nas vendas, mas em menor escala. Alguns países da nossa região estão oferecendo isenção de impostos na compra destes veículos, para incentivar a sua massificação, além de aplicar políticas de renovação do parque automotivo. Outro setor no qual já está se verificando a entrada dos veículos elétricos é o transporte público de passageiros, como é o caso das capitais do México, Brasil, Chile e Colômbia.

Que tipo de impacto poderia significar este novo tipo de unidade em uma apólice de seguro? O veículo elétrico não significa uma mudança na regulamentação ou nas leis de trânsito: elas não seriam significativamente alteradas, de modo que a cobertura atual de uma apólice de seguro seria mantida nos próximos anos.

Nós acreditamos que, onde poderia haver uma mudança na política é nos preços e/ou franquias. A tecnologia deste tipo de veículos, entre eles a bateria e outros componentes, significam uma mudança nas condições do seguro. Informações, casuística, estatísticas, etc. ainda não estão disponíveis, mas tudo isso mudará o processo de avaliação de risco. Só a bateria poderia representar entre 40% e 60% do valor do veículo e, só para citar um exemplo, um ônibus pode ter o valor ultrapassando a marca dos 300 mil dólares.

Para as seguradoras, será de vital importância conhecer a disponibilidade de autopeças no mercado local e os custos de mão de obra qualificada para reparos em caso de sinistro. No caso de uma perda total, será importante saber quem poderá comprar os restos de uma unidade desse tipo ou se haverá necessidade de assumir 100% da perda, o que pode até mesmo afetar os seus contratos de Resseguro de Excesso de Perda que costumam ser contratados nesta categoria para quantias que excedam o que cada seguradora decida reter.

Os corretores de seguros devem ter não apenas maior conhecimento, mas também uma especialização neste tipo de apólices para negociar e obter os melhores termos e condições para os seus clientes, entendendo muito bem o risco ao qual estão expostos conforme o ramo no qual cada um deles estiver trabalhando.

Cabe a todos nós, que atuamos neste mercado, desenvolver o melhor de cada um diante da iminente chegada do veículo elétrico.