Com Dinheiro não se Brinca! E com Riscos?
Não há como questionar a afirmação “com dinheiro não se brinca”, pois aquele que não souber controlar os seus gastos com certeza terá muita dor de cabeça.
No mundo corporativo não é diferente e é sabido que problemas de gestão financeira podem levar a falência da empresa.
As empresas estão sempre atentas e possuem diversos controles sobre fatores que podem levar a problemas financeiros, dentre eles, saldo de caixa, estoques, classificação dos seus custos, ponto de turnover (rotatividade de pessoal em uma organização, ou seja, entradas e saídas de funcionários em determinado período de tempo), prazos para pagamentos e recebimentos, entre outros.
Agora, será que a recíproca é verdadeira em relação aos riscos que estas empresas estão expostas?
As empresas conhecem e mantém de fato controle sobre as suas exposições e se protegem ou os contingenciam adequadamente?
Estamos vivenciando hoje a quarta revolução industrial ou a indústria 4.0, que engloba algumas tecnologias para automação e troca de dados e utiliza conceitos de sistemas ciber-físicos, internet das coisas (IoT) e computação em nuvem. Mas, esta evolução também leva a maiores exposições a ataques cibernéticos, como por exemplo, o vírus WannaCry, um ransomware, tipo de software mal-intencionado que criptografa todas as informações que estão no disco rígido do computador, apavorando empresas do mundo todo. Relatório recente da Symantec indica o Brasil como o terceiro país que mais recebe ataques cibernéticos em dispositivos conectados à internet. Há, também, quem diz que existem dois tipos de empresas envolvidas em ataques cibernéticos: as que sabem que sofreram ataques e as que não sabem que sofreram.
Também estamos vivenciando as alterações climáticas em escala global ou dos climas regionais ao longo do tempo. Sejam mudanças de temperatura, precipitação, nebulosidade e outros fenômenos climáticos. Enganam-se aqueles que pensam que as alterações climáticas afetam apenas o agronegócio, principalmente a agricultura. As mudanças climáticas podem afetar os mais diversos setores, como o ocorrido em 2014 onde a seca prolongada no estado de São Paulo afetou a navegabilidade na hidrovia Tietê-Paraná, causando prejuízos a diversas empresas e demissões em massa.
Conhecer as suas exposições para um bom plano de contingenciamento, alinhado a um programa de seguros, que não se limite as exposições internas (incêndio, danos elétricos, quebra de maquinas) e que além de ser economicamente viável, também contemple as exposições citadas acima - Riscos Cibernéticos, Climáticos, as exposições a riscos ambientais, riscos de danos a terceiros (responsabilidade civil), transportes, garantias, entre outros, é fundamental, pois, brincar com riscos é o mesmo que brincar com o dinheiro e COM DINHEIRO NÃO SE BRINCA.