Portos e a ameaça cibernética
A tecnologia se tornou uma ferramenta poderosa para dar velocidade às operações portuárias. Terminais estão investindo há anos em modernização. No setor portuário, sair na frente e manter as operações rentáveis requer eficiência na operação.
Para se ter uma ideia, novos terminais já trabalham 100% automatizados. Excelente para o setor que promete aumentar a movimentação de cargas e um crescimento para 2019 de mais de 3,5% no Brasil, segundo a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviário).
Mas há um sinal de alerta. O efeito do uso de tecnologia aumentou o número de ataques cibernéticos. Eles passaram a representar uma grande ameaça. Só no último ano, portos movimentados nos Estados Unidos e na Espanha passaram por aperto.
O Porto de San Diego sofreu um ataque de ransomware em setembro de 2018. O incidente já era o segundo do mês. Os servidores do Porto de Barcelona já haviam sido atacados uma semana antes.
Perda de informações confidenciais não é a única preocupação. Interrupção de negócios e danos à imagem têm levado os portos a revisarem seus planos de continuidade de negócios e desenvolverem uma política de gerenciamento de riscos integralizada.
Os anos foram passando e as inovações tomaram conta do mercado. Inteligência. Tecnologia. Modernização. A exposição ao risco cresceu na mesma proporção. Os ataques vão continuar navegando pelos portos. É indispensável identificar as vulnerabilidades, desenvolver uma estratégia de segurança cibernética robusta e adotar uma política mais rígida de gestão do risco.