Coronavírus: Preparando-se para interrupção de negócios e outros sinistros
A medida que o novo surto de coronavírus (COVID-19) continua se espalhando — com mais de 80.000 casos confirmados globalmente até o final de fevereiro — as organizações estão se preparando para possíveis efeitos em suas operações. Isso inclui o potencial de interrupção dos negócios, devido a presença do vírus em suas instalações, absenteísmo dos funcionários ou interrupções na cadeia de suprimentos.
Considerações de seguros
Uma questão a ser levantada é se a cobertura do seguro pode responder a perdas ligadas ao vírus. As políticas de Property normalmente requerem danos físicos decorrentes de um perigo não excluído ou coberto que se manifesta:
• no imóvel segurado para provocar uma perda coberta
• em um imóvel próximo — impactando o acesso às instalações seguradas — para desencadear extensões de cobertura de entradas/saídas ou autoridades civis.
Perdas ligadas a negócios perdidos devido ao medo de contágio ou por causa de desafios da cadeia de suprimentos dificilmente serão cobertas, dependendo da formulação de políticas específicas, a menos que danos materiais sejam estabelecidos.
Apólices podem conter exclusões de "contaminação", mas também podem incluir extensões que cubram perdas ou custos relacionados à descontaminação, entrada/saída, ou autoridade civil ou militar. Mas é provável que haja condições específicas relacionadas aos gatilhos de cobertura.
Apólices de seguro paramétricas e baseadas em indenização também poderiam ser desencadeadas sem danos diretos à propriedade.
Comece a se preparar
As empresas devem rever suas apólices, incluindo quaisquer extensões, com seus corretores e consultores de sinistros para entender melhor os termos e condições.
Também é hora de obter uma compreensão clara das expectativas e requisitos das seguradoras para a documentação ao submeter um sinistro de uma perda coberta.
As discussões com seus consultores de riscos e seguradoras devem incluir, mas não se limitar a:
- quaisquer requisitos para fornecer detalhes de pessoas infectadas ou suspeitas para confirmar a presença do vírus em suas instalações. Esteja atento a possíveis violações às normas de privacidade das informações de saúde.
- a documentação que deve ser reunida para o seu sinistro de seguro, incluindo documentação de fornecedores que não podem cumprir seus contratos e/ou comprovante de fechamentos obrigatórios pelo governo.
Outras ações podem incluir:
- manter um registro detalhado de visitantes, que pode se tornar útil se o vírus for identificado no local
- identificar a diminuição da atividade empresarial analisando as variações entre as receitas previstas e as reais
- identificar custos adicionais incorridos a partir de atividades de mitigação e seu efeito sobre as margens de lucro.
Meça o impacto
Com a compreensão clara de sua apólice e dos requisitos de suas seguradoras, comece a documentar os impactos financeiros do surto que se encaixam dentro desses parâmetros. Custos incomuns — por exemplo, limpeza e desinfetação do local, pagamento de horas extras para compensar perdas de produção e campanhas de mídia ou comunicação para informar o público ou funcionários — devem ser analisados separadamente.
Também é uma boa prática analisar todos os custos potenciais associados ao vírus e seus impactos nos negócios, como pedidos cancelados, quebra da cadeia de suprimentos e lucros perdidos. Mesmo que estes possam não ser cobertos nos programas de seguros atuais, eles podem informar futuras estratégias de mitigação e gestão de riscos.
O surto atual também pode levar a mudanças ou avanços nas coberturas de seguros e nas melhores práticas de gerenciamento de riscos. Observe esses desenvolvimentos a medida que você gerencia o risco do coronavírus de hoje e prepare-se para possíveis surtos no futuro.